Após dois meses de forte alta (mais de 10%), a moeda americana
está sinalizando uma possível reversão de tendência. Na última segunda-feira o
dólar teve a maior desvalorização diária do ano, fechando na mínima do dia (cerca
de R$ 2,22). Perdeu a média móvel de 21 períodos e caminha em direção ao primeiro
forte suporte em R$ 2,17. A perda do mesmo consolidaria a tendência de baixa
para os próximos meses e o possível retorno dos preços ao patamar de R$ 2,03
até o final do ano. O único dado negativo do sinal gerado naquele dia foi que a
queda não foi acompanhada de grande volume financeiro, o que coloca o movimento
em suspeita, entretanto, de qualquer forma é um sinal negativo para a cotação do
dólar. Apesar de prejudicar as exportações brasileiras, a queda do dólar tem alguns
fatores positivos, sendo dois extremamente significativos: ajuda no combate à
inflação e favorece o desempenho do mercado de ações. Apenas em raras
situações, o mercado de câmbio não é inversamente proporcional ao desempenho da
Bolsa. Sendo assim, se a tendência de queda do dólar realmente se confirmar
para o segundo semestre, poderemos ter um alívio na pressão vendedora no IBOV e
um possível retorno dos compradores. MJR
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