Investir significa aplicar recursos financeiros, próprios ou
de terceiros, com o objetivo de almejar lucros no futuro e, por conseguinte,
proteger o capital investido do processo inflacionário, mantendo o poder de
compra de suas reservas. Basicamente temos dois tipos de investimentos: curto e
longo prazo. Os primeiros, representados principalmente pela poupança, CDB e
Fundos Referenciados em DI, apresentam ótima liquidez e fácil acesso à
população, porém atualmente os lucros são singelos. Portanto, estes
investimentos são interessantes em algumas situações: para o “capital de giro”
(despesas mensais), para uma reserva financeira de curto prazo (imprevistos
acontecem) ou para despesas vindouras programadas, por exemplo, uma reforma na
casa. Já os investimentos de longo prazo visam o futuro e a aposentadoria.
Necessitam ser mais rentáveis e para isso, devemos abrir mão da liquidez e
arriscar um pouco mais. O mercado de ações, os imóveis e os títulos do tesouro
direto são alguns bons exemplos. Todavia, o fundamental é separar completamente
estes dois objetivos de investimentos, já que na prática, as pessoas teimam em
misturá-los, o que destrói qualquer planejamento familiar.
A segunda confusão é sobre a definição de ativos e passivos; sem
trocadilhos. Os ativos representam os bens ou investimentos que, comumente, produzirão
lucros no futuro: imóveis, ações, debêntures, ouro, etc. Já os passivos são as dívidas
propriamente ditas e os bens adquiridos que geram apenas despesas. Desta forma,
a compra de um carro não é um investimento e, sim, uma comodidade, um prazer;
definitivamente ele não trará dividendos. E pior, ele tende a gerar várias despesas:
prestações do financiamento bancário (juros), seguro, despesas com combustível
e manutenção, além da inexorável desvalorização com o tempo. Teoricamente, a
compra de um apartamento para a própria moradia, também é um “passivo”, pois
atualmente, uma valorização deste tipo de imóvel com o tempo é cada vez mais
improvável, em virtude da grande oferta, incluindo os fartos e novos
lançamentos. É óbvio que na vida precisamos de alguns luxos: viagens, restaurantes,
carros, joias e roupas novas, porém o mais importante é sempre buscar o
equilíbrio. Lembre-se que os verdadeiros ativos, quando bem aplicados, podem
gerar uma boa renda no futuro, o que permitirá a compra de vários “passivos” e
outros mimos, apenas com os juros e os lucros produzidos. Esta é ordem natural:
busque primeiro os ativos. Inverter o processo é fatal para a economia familiar!
MJR
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