domingo, 19 de janeiro de 2014

O Desastroso Governo Dilma!


Desde o segundo semestre de 1999, por lei, a política monetária do Governo Federal é baseada no regime de metas de inflação. Atualmente, a meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional é de 4,5% ao ano, com tolerância de dois pontos percentuais, para cima ou para baixo. O ano de 2013 fechou com uma inflação de 5,91%, assim, muito próximo ao limite superior da meta, o que é muito ruim!... A política monetária tem como objetivos o controle da oferta de moeda no país e a regulação da taxa básica de juros (Selic), visando o objetivo maior: manter o controle do processo inflacionário. Outro importante conceito é sobre os três pilares de sustentação econômica do Brasil: responsabilidade fiscal (superávit primário), câmbio flutuante e metas de inflação.  Por outro lado, estes fatores têm como razões principais o crescimento sustentável do país e a melhor qualidade de vida da população. Será que o atual Governo vem seguindo estas diretrizes?... Seguem os principais fatores (números) que mostram de maneira inequívoca que o Governo Dilma é um desastre do ponto de vista econômico:

1 – O Governo continua arrecadando muito: a carga tributária está em torno de 36% do PIB. Houve um crescimento exponencial nos últimos 20 anos, desde a era FHC. A pesada carga tributária limita drasticamente o crescimento das empresas. Estima-se que, para produzir algo no país, o custo é em média 32% mais caro que no exterior.

2 – O superávit primário do Governo Federal é cada vez menor. Somente para recordar, ele é o resultado da arrecadação do Tesouro Nacional (impostos) descontados os gastos públicos, sem contar o pagamento dos juros da dívida. Na era Lula, ele ficou em cerca de 3%, um bom número. Hoje está em 2%. Só não está pior em virtude das manobras contábeis do Governo e por receitas não recorrentes, por exemplo, o leilão de Libra da Petrobrás em 2013. É importante salientar que o superávit primário é o principal fator observado pelo mercado financeiro para avaliar a credibilidade de uma nação. Assim, este péssimo resultado impossibilita uma redução sustentável da taxa básica de juros (Selic) e ocasiona um aumento natural do endividamento público, pois o Governo, para emitir novos títulos públicos, necessita remunerar com maiores prêmios seus credores (investidores). Esta premissa é global, vale para todos os países. Não tem como o PT e sua turma manipularem os números!

3 – Taxa de investimento: continua em níveis baixos, menos de 20% do PIB. O crescimento visto na era Lula foi baseado no consumo (aumento da renda da população, muito acima da inflação) e da exuberante exportação de commodities, em virtude da taxa de câmbio (sobrevalorização do real frente ao dólar). Só por curiosidade: nos últimos 10 anos o consumo de bens no Brasil teve um crescimento de 128% e a capacidade industrial apenas 22%. Esta importante lacuna foi preenchida pelos produtos importados: é mais barato importar do que produzir aqui. Quem perde? Todos nós.

4 – Uma equação que não se fecha: como já dito, nos últimos 20 anos houve um importante crescimento da renda da população. O dado isoladamente é ótimo. Todavia, a produtividade não acompanhou, nem de perto! Resultado: as empresas não conseguem mais se expandir. O objetivo principal de qualquer negócio é lucro... Chegamos ao fim da linha: salários altos, carga tributária excessiva e baixa produtividade!
 

5 – As reformas que são necessárias estão paradas: tributária, trabalhista, política, previdenciária, dentre outras. E não é de hoje. Sem elas o país ficará estagnado. Aí, não é só culpa do Governo, mas também do horripilante Congresso Nacional, que vive num mar de corrupção e “baixa produtividade”.

6 – Burocracia e carga tributária. Um exemplo desta péssima união: estima-se que o custo da máquina para a arrecadação dos tributos no Brasil (os custos das empresas e os do próprio Governo) chega a 4% do PIB. Em outros países este valor é de apenas 1%. São 3% de desperdício. Enquanto isso, o investimento em infraestrutura é de apenas 2% do PIB. Que vexame!

7 – Segundo estudiosos, estamos próximos ao “emprego pleno” no Brasil, ou seja, só ficará desempregado quem quiser. Porém, em média, a qualificação profissional é um desastre, resultado de um problema crônico do sistema educacional.

8 – A inflação persistente: no ano passado quase atingiu 6%, maior que em 2012 (5,82%). Este dado é muito preocupante. O Banco Central demorou a agir e o remédio será cada vez mais amargo: alta da taxa básica de juros (hoje em 10,5% ao ano; até o começo de 2013 era 7,25%). Outro fator: a inflação só não foi mais alta em 2013 pela intervenção do Governo Federal nos preços controlados (gasolina, energia elétrica e transporte público). Em algum momento estes produtos terão que ser reajustados. Obrigatoriamente!

9 – Faltam metas de longo prazo. O Governo não tem projetos. Não existe uma agenda positiva. A infraestrutura no país é caótica. As recentes “concessões” (termo adotado pelo Governo do PT para privatizações) na área de infraestrutura são bem vindas, porém ainda tímidas. Precisamos acelerar as mudanças: menos Governo, mais eficiência... Problema: como estamos num ano eleitoral, não espere nada de novo; teremos mais um ano perdido!

10 – Eleições: alguma luz no fim do túnel? Nenhuma. Precisamos de mudanças urgentes... Pior, não vejo nenhum projeto ambicioso e confiável nos candidatos de oposição. Em contrapartida, a alternância de poder já seria um prêmio de consolo. Precisamos de oxigênio, sangue novo. Basta deste Governo inoperante!

Poderia listar mais uma série de fatores negativos, mas chega de dados ruins. O link a seguir mostra uma ótima entrevista com o ex-diretor do Banco Central, Alexandre Schwartsman, o que me motivou a escrever este artigo. Vale a pena conferir!

Qual a sua opinião? ...Independente de concordar ou não, pense, discuta e compartilhe os dados. A mudança do rumo do Brasil só depende de nós, eleitores.

MJR

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