Após as primeiras cinco semanas de 2014, o que podemos esperar do IBOV no primeiro trimestre baseado nos gráficos?... Estamos numa clara tendência de baixa (veja abaixo o gráfico mensal). Começamos o ano com o pé esquerdo, numa queda de mais de 7% em janeiro (a pior baixa em janeiro desde 1995), porém na primeira semana de fevereiro tivemos uma pequena recuperação, após uma segunda-feira “sangrenta”, queda de mais de 3%, que nos fez lembrar os dias tensos de 2008.
O cenário macroeconômico continua instável e os efeitos da
Tempestade Perfeita parecem apenas estar fazendo os primeiros estragos. Mas, o
porquê do título: o conflito dos gráficos?
Quando escrevi no blog ao final de dezembro sobre o que
esperar do IBOV para 2014, tínhamos três cenários possíveis: o céu, o inferno e
a lengalenga (reveja). Bom, um dos cenários foi afastado (o céu). Pelo gráfico mensal, naquela
época, o IBOV poderia estar fazendo apenas uma correção após quatro meses
seguidos de alta (julho a outubro de 2013). Entretanto, deveríamos respeitar a
faixa dos 49 mil pontos, o que não aconteceu. Desta forma, o mais provável é
buscarmos a zona de 44 / 45 mil pontos (fundo do começo de julho de 2013 –
linha horizontal vermelha). Porém...
O gráfico semanal já mostra sinais de cansaço do movimento
de queda e um repique mais consistente nas próximas semanas é o caminho mais
provável. Os preços se aproximaram da banda inferior (linha azul inferior) com
candles de reversão (veja gráfico no blog – retângulo vermelho). Portanto, pela teoria do
retorno às medias, em breve, buscaremos a média móvel de 21 períodos, hoje em
51.600 pontos (linha vermelha).
Já no gráfico diário, a alta dos últimos dias levou os
preços à média móvel de 21 períodos (seta vermelha), que foi testada como
resistência na última sexta-feira. Apesar de ainda ter fôlego para mais alguns
dias de alta, o mais provável é um recuo, seguido do teste dos 47 mil pontos. Sendo
assim, poderemos ter uma semana decisiva. Uma abertura em queda poderá acelerar
o processo de baixa. Por outro lado, um início em alta poderá oferecer mais
energia ao IBOV no curtíssimo prazo. Qual o mais provável? Não apostaria nenhum
tostão, 50% de chance para cada um...
Assim, apesar dos sinais mais amenos nos gráficos de menor
periodicidade (diário e semanal), o cenário ainda é de uma forte tendência de
baixa. Portanto, acredito no teste do suporte em de 44 / 45 mil pontos, em
breve, para aí começarmos um repique mais duradouro. De qualquer modo, devemos
manter as ferramentas de hedge (proteção
de carteira) até uma perspectiva de alta mais confiável. Não é hora de apostar
num cenário de alta mais consistente, nem de baixa mais agudo. É hora de
cozinhar o galo! Aguardemos...
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