domingo, 9 de março de 2014

Dow Jones e Bovespa: momentos decisivos, situações opostas!


Estamos próximos do dia D para as bolsas americana e brasileira. É verdade que em situações completamente opostas. Desde 2012, com o descolamento do IBOV em relação ao Dow Jones (DJI), enquanto lá estamos próximos ao topo histórico, aqui estamos flertando com o fundo dos últimos cinco anos (veja os gráficos: o primeiro uma correlação entre o IBOV e o DJI; o segundo o gráfico mensal do DJI e o terceiro o gráfico mensal do IBOV).

O que podemos esperar destes índices nas próximas semanas?





No DJI, o mais provável é um recuo: mesmo com os bons números da economia americana e das empresas listadas na bolsa, uma correção me parece o caminho mais provável. Segundo especialistas, a bolsa de Nova Iorque está cara e uma correção é salutar: os ativos vivem em ciclos... O megainvestidor George Soros já fez sua aposta: 1,3 bilhão de dólares no mercado futuro que o índice americano S&P vai cair. Ele não costuma errar!

Aqui, uma previsão mais convicta está difícil. A bolsa brasileira está barata. Algumas boas ações nem se fala. Porém, os indicadores econômicos nacionais continuam péssimos e, pior, as expectativas para o ano de 2014 são desanimadoras e a desconfiança dos investidores é total!

Pelos gráficos, temos dois caminhos para o IBOV no curto prazo:

1. Respeitar o suporte em 44/46 mil pontos e recuperar parte dos enormes prejuízos desde a máxima de 2010 em 72 mil pontos (queda de quase 40%). Quais os objetivos? 50 mil pontos pela média móvel de 21 períodos do gráfico semanal e 56 mil pontos pela máxima de 2013

2.
  Perder o forte suporte e buscar outro patamar para o fundo do poço.

Qual o caminho mais provável?
 

Pelo gráfico diário, desde outubro de 2013, estamos num canal de baixa e agora num triângulo descendente, que é uma figura baixista (veja gráfico abaixo). 



Por outro lado, o índice e várias ações já demonstram sinais de cansaço pelo forte recuo dos cinco meses. Assim, acho que a chance de uma recuperação do IBOV no curto prazo é um pouco maior. Porém, é preciso respeitar o forte suporte!

Compare a situação atual do IBOV com o gráfico de julho de 2012 (veja gráfico abaixo). A situação era semelhante e naquela época, rompemos o triângulo para cima com forte volume financeiro, numa bela recuperação.




Conclusão: Como o cenário ainda é incerto, devemos operar o mercado de ações com bastante cautela. A melhor opção é ficar posicionado numa boa carteira de ações, aproveitando os preços atraentes, porém protegidos (vendidos) por operações no mercado futuro. Após sinais gráficos mais convincentes, podemos retirar gradualmente o hedge em caso de alta, ou aumentá-lo em caso de queda. E para quem está fora do mercado? Aguarde mais um pouquinho: ótimas oportunidades à vista... Aguardemos as cenas dos próximos capítulos.
 MJR

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