Estamos
próximos do dia D para as bolsas americana e brasileira. É verdade que em situações
completamente opostas. Desde 2012, com o descolamento do IBOV em relação ao Dow
Jones (DJI), enquanto lá estamos próximos ao topo histórico, aqui estamos flertando com o fundo dos últimos cinco anos (veja os gráficos: o primeiro uma correlação entre o IBOV e o DJI; o segundo o gráfico mensal do DJI e o terceiro o gráfico mensal do IBOV).
O que podemos esperar destes índices nas próximas semanas?
No DJI, o
mais provável é um recuo: mesmo com os bons números da economia americana e das
empresas listadas na bolsa, uma correção me parece o caminho mais provável.
Segundo especialistas, a bolsa de Nova Iorque está cara e uma correção é
salutar: os ativos vivem em ciclos... O megainvestidor George Soros já fez sua
aposta: 1,3 bilhão de dólares no mercado futuro que o índice americano S&P
vai cair. Ele não costuma errar!
Aqui, uma
previsão mais convicta está difícil. A bolsa brasileira está barata. Algumas boas
ações nem se fala. Porém, os indicadores econômicos nacionais continuam péssimos
e, pior, as expectativas para o ano de 2014 são desanimadoras e a desconfiança
dos investidores é total!
Pelos gráficos, temos dois caminhos
para o IBOV no curto prazo:
1. Respeitar o suporte em 44/46 mil pontos e recuperar parte dos enormes prejuízos desde a máxima de 2010 em 72 mil pontos (queda de quase 40%). Quais os objetivos? 50 mil pontos pela média móvel de 21 períodos do gráfico semanal e 56 mil pontos pela máxima de 2013
2. Perder o forte suporte e buscar outro patamar para o fundo do poço.
Qual o caminho mais provável?
Pelo gráfico diário, desde outubro de 2013, estamos num canal de baixa e agora num triângulo descendente, que é uma figura baixista (veja gráfico abaixo).
Por outro lado, o índice e várias ações já demonstram
sinais de cansaço pelo forte recuo dos cinco meses. Assim, acho que a chance de
uma recuperação do IBOV no curto prazo é um pouco maior. Porém, é preciso respeitar o forte suporte!
Compare a
situação atual do IBOV com o gráfico de julho de 2012 (veja gráfico abaixo). A
situação era semelhante e naquela época, rompemos o triângulo para cima
com forte volume financeiro, numa bela recuperação.
Conclusão: Como o cenário ainda é incerto,
devemos operar o mercado de ações com bastante cautela. A melhor opção é ficar
posicionado numa boa carteira de ações, aproveitando os preços atraentes, porém protegidos (vendidos) por
operações no mercado futuro. Após sinais gráficos mais convincentes, podemos
retirar gradualmente o hedge em caso de alta, ou aumentá-lo em caso de queda. E
para quem está fora do mercado? Aguarde mais um pouquinho: ótimas oportunidades
à vista... Aguardemos as cenas dos próximos capítulos.
MJR
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