quarta-feira, 9 de abril de 2014

IBOV – A correção mais que óbvia


Não precisava ser um expert em bolsa para prever a queda no IBOV que começou ontem... Demorou mas chegou. Aliás, tinha muito tempo que eu não presenciava uma alta vigorosa em tão pouco tempo.  O índice foi impulsionado pelas recentes pesquisas eleitorais que mostraram uma queda da popularidade da Presidente Dilma, aliado aos preços convidativos dos ativos. O rali de alta surpreendeu muita gente. Até que enfim o IBOV descolou dos mercados externos de uma maneira positiva. Bom sinal!

Então, o que esperar da Bolsa para o curto prazo?... Volatilidade, muita volatilidade. Este ano será marcado pelo sobe e desce da bolsa. Mesmo com a recente alta, ainda não houve a mudança da tendência secundária, que ainda é de baixa. Para tal é preciso uma correção de alguns dias ou poucas semanas, e depois retomar a alta com o rompimento do topo de ontem (cerca de 53.400). O mercado mostrou muita força compradora nos últimos dias e acredito que ainda tenha fôlego para buscar pelo menos os 56 mil pontos no curto prazo. Porém, os suportes imediatos (objetivos da correção) devem ser respeitados. Primeiro em 50 mil, e depois numa faixa entre 48 e 49 mil pontos. Veja o gráfico abaixo: 



Obstáculos à vista:


* Uma correção mais acentuada e persistente no mercado americano pode prejudicar o desempenho do IBOV. Por outro lado, a superação do topo histórico lá poderá estimular a bolsa aqui.

* N
o curto prazo dificilmente teremos notícias positivas em relação à Economia. Pelo contrário, o cenário ainda continua espinhoso e a inflação segue em alta, mesmo com a escalada da taxa básica de juros.
* Resultados corporativos estão prestes a serem divulgados (balanço do primeiro trimestre). Eles podem colocar lenha na fogueira: para cima ou para baixo!

* Novas pesquisas eleitorais devem dar o tom nos próximos meses.

* A
gravante: a proximidade do segundo trimestre, comumente marcado pela queda nos mercados acionários.

Assim, fica claro que devemos operar com bastante cautela. Por último, gostaria de comentar que ainda vejo grandes oportunidades no mercado acionário nacional. Muitas ações foram completamente ignoradas neste Rali. As ações que subiram de maneira vertiginosa foram as das Estatais (por pura especulação eleitoral – os fundamentos continuam ruins) e os ativos do setor financeiro, estes sim, baseados num cenário positivo. Aguardemos os próximos dias! MJR


Curiosidade!
As altas expressivas de alguns ativos foram também impulsionadas pela reversão das posições vendidas. Investidores que apostavam na queda precisaram recomprar as ações para encerrar suas posições, o que acabou inflando ainda mais os preços.

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