sexta-feira, 29 de agosto de 2014

As eleições e a Bolsa de Valores



As eleições e o rali de alta da Bolsa de Valores
Com a alta de agosto, o IBOV chega a uma valorização de 35% desde o fundo de março de 2014. Menos de seis meses! O que está por trás desta alta? Seria os bons fundamentos das empresas que compõe o índice?  Será que a economia brasileira está “bombando”? ... Infelizmente não! A alta reflete apenas a possibilidade de derrota do atual Governo. Como comentei na última quarta-feira, o mercado financeiro não quer a reeleição da atual Presidente.

As distorções nos preços
A alta é concentrada quase que exclusivamente nas ações das estatais (Petrobrás, Eletrobrás, Banco do Brasil) e nas ações do setor bancário privado. Outras ações estão apanhando desde o começo do ano, como exemplo, a Vale. Outras boas empresas estão de lado, como a AMBEV, nem caíram, nem subiram. Será sustentável esta alta? ... Apenas por curiosidade, as ações do Banco do Brasil já subiram 88% desde março e as ações da Petrobrás 95%. Enquanto isso, as ações da Vale caíram quase 15% em 2014. Pergunte a qualquer analista de mercado qual destas empresas tem uma melhor administração e com melhores resultados operacionais? Posso garantir, a resposta será unanime!

Uma hora a farra vai acabar
Independente do resultado final da eleição de 2014, mais dias ou menos dias, a farra da bolsa vai terminar. E pior. Alguém vai pagar o “pato”! As verdadeiras e sustentáveis altas nos preços são mantidas apenas pelos bons fundamentos da economia e pelos bons resultados das empresas. Tudo que sobe rápido, especialmente sem fundamento, cairá! A história é categórica...

A euforia do mercado e a contaminação dos amadores
A alta expressiva já chama a atenção da mídia não especializada e dos pequenos investidores, estes não acostumados ao mercado de renda variável. Esta atração é muito perigosa. Não entre nesta aventura traiçoeira. O campo está minado... De acordo com muitos analistas, daqui para frente, o upside da bolsa é muito menor que o downside, traduzindo, a possibilidade de perdas expressivas é muito maior do que a de altas vigorosas... O que fazer? Fique de fora. Se você participou da farra, chegou a hora de realizar os lucros. Para os que visam o longo prazo ou desejam a manutenção das ações em carteira, o melhor é praticar algum mecanismo de proteção de carteira (Hedge).

Repito: alguém pagará a conta! E, comumente a conta chega para os pequenos investidores! MJR



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