Quem
acompanha o mercado financeiro percebe, e não é novidade para ninguém, que a
possibilidade de impeachment faz muito bem aos ativos de renda variável. Até o
desfecho do processo de impedimento da Presidente, ainda não se sabe a
data final, teremos dias muito voláteis pela frente no mercado de ações, como o
dia de hoje. Volatilidade será a palavra da moda. No curto prazo, a cada passo
pró-impeachment assistiremos altas calorosas do IBOV, enquanto o retrocesso desencadeará
quedas vertiginosas... Até o momento que escrevo, o movimento político a favor
do impeachment é cada vez mais forte, isso é inegável, mas ainda falta a
participação popular. O próximo domingo, 13 de dezembro, pode ser o dia
decisivo. Ironicamente, 13... Será um
caminho bastante sinuoso. O mercado financeiro já é por si só, maníaco-depressivo,
se você oferece mais razões à sua loucura, ele mudará de humor a cada dia. As
emoções comandarão as razões. Faz parte do jogo.
E no médio
prazo, o impeachment é bom ou ruim para a economia e, por conseguinte, para o
mercado de ações?
O simples
fato da concretização do impeachment não muda em nada a situação caótica da
economia. Porém, um fator altera instantaneamente: o retorno imediato da
confiança dos empresários e investidores. Como num passe de mágica. Da noite
para o dia. Será como tirar o “bode da sala”, um alívio. O governo Dilma
enterrou qualquer perspectiva positiva. Por outro lado, o próximo presidente terá
uma trajetória muito difícil pela frente, pois os erros recorrentes dos últimos
anos foram terríveis. Consertar as lambanças do PT não será moleza, mesmo
porque, medidas impopulares precisarão ser tomadas. Mas acredito que o Brasil
tem tudo para atravessar o mar revolto e a tempestade perfeita, com muita harmonia,
solidez e serenidade. O impeachment é traumático, mas será bom para todos (ou
quase todos, pois os larápios estão com a pulga atrás da orelha). Ele fará muito
bem para a saúde econômica dos brasileiros. Tenho convicção!
MJR
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