quarta-feira, 6 de abril de 2016

Cenários econômicos após a votação do impeachment



Segundo o relatório desta semana da Eurasia Group, uma das maiores consultorias do mundo, a chance da Presidente Dilma não terminar o mandato é de 75%, via impeachment ou via TSE.

A situação econômica do país é caótica e se deteriora a cada dia, pois não há governo. Todas as atenções do governo estão voltadas para barrar o impeachment ou para livrar o ex-presidente Lula da cadeia. Que se danem os milhões de desempregados, os inadimplentes, os empresários falimentares e a população em geral, à exceção dos apadrinhados políticos, dos movimentos sociais financiados pelo dinheiro público e dos que vivem agarrados nas tetas do governo. Este governo não está nem aí para o restante do povo!  

O Brasil está literalmente parado e a caminho do calote. Algo precisa ser feito, e urgentemente, senão o cenário econômico vai piorar ainda mais. Sim, é possível, se nada for feito, tudo vai piorar. Não é suposição, é fato!

Um novo governo, minimamente comprometido com o país e com o ajuste das contas públicas, trará ânimo ao mercado e confiança aos empresários e investidores. A retomada do crescimento poderá ser rápida. Uma aliança suprapartidária poderá tirar o país do marasmo e do fundo do poço. Se a votação favorável ao impeachment for maciça no plenário da câmara dos deputados, este suposto cenário ficará ainda mais consistente, enterrando de vez o governo moribundo. Caso contrário, se o governo for derrotado por uma pequena diferença, ele ainda terá forças para levar o processo de impeachment para o “tapetão” (STF), dificultando as medidas emergenciais que precisam ser tomadas.

Por outro lado, caso a presidente consiga barrar este primeiro processo de impeachment, a governabilidade será quase nula e novos processos de impedimento da presidente serão colocados em pauta – o pedido da OAB está na gaveta do presidente da câmara. O governo perdeu o apoio popular há muito tempo (10% de aprovação) e recentemente perdeu o apoio do PMDB, o maior partido do congresso. Busca freneticamente a apoio dos partidos nanicos, através da barganha de cargos, porém eles não têm quase nada a oferecer, além do voto contrário ao impeachment, é claro. Atualmente, o governo tem bem menos que 200 votos na câmara, o que não garante a aprovação de medida alguma. A maioria simples na câmara é de 257 deputados, portanto nada passará no congresso nacional. Continuaremos parados. Posto isto, fica claro que neste cenário a situação econômica tende a piorar e soluções populistas decretadas por medidas provisórias acelerarão o processo de deterioração. Será o verdadeiro caos!

A chamada terceira via: a cassação da chapa Dilma-Temer no TSE – motivos não faltam, pois os “delatores premiados” comprovaram em depoimento, de forma inequívoca, a presença de dinheiro sujo na campanha de 2014, o que por si só determina a cassação. Daí, novas eleições presidenciais seriam convocadas. Apesar de teoricamente ser a melhor saída para o Brasil, o processo poderá ser longo e a crise econômica se aprofundará no curto e médio prazo. Será uma sangria lenta e inexorável!

MJR

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