terça-feira, 5 de julho de 2016

O que esperar do mercado no segundo semestre de 2016: dias melhores virão?



Após merecidas férias, os comentários no blog estão de volta.

No cenário político-econômico interno pouca coisa mudou. Continuamos na mesmice da comissão do impeachment no Senado, da novela interminável denominada Eduardo Cunha, do avanço da Operação Lavajato e no aguardo do desfecho final do processo de impeachment, que ocorrerá em agosto (confesso que cansei destes assuntos).

Até lá, o Governo Temer ficará encurralado pelo Congresso Nacional, pois não há outro caminho. A permanência do presidente interino depende exclusivamente do Senado. “Mimos” precisam ser oferecidos. Desta forma, não espere por muitas novidades no campo das reformas necessárias para a economia voltar a “pulsar”. As medidas serão tomadas apenas após o término do processo de impeachment. Os investimentos voltarão em peso somente após o afastamento do fantasma da ex-presidente.

Mercado externo. O susto do Brexit fez um estrago momentâneo nos ativos de risco ao redor do mundo. Mas logo em seguida as bolsas mundiais voltaram a subir com vigor e devem continuar assim, ao menos no curto prazo.

O IBOV na semana passada voltou para tendência de alta no gráfico diário. Os próximos alvos são 55 e 58 mil pontos, porém uma breve correção é saudável, como a que ocorre no dia de hoje. Todavia, o ideal é que o índice não perca os 50 mil pontos; de preferência que se mantenha acima dos 51.600.



Visando o longo prazo, o momento crucial para o IBOV será a efetivação do Governo Temer e a aplicação das reformas necessárias, especialmente a da Previdência. Daí um novo ciclo de alta ocorrerá no IBOV. O alvo? O céu é o limite: 100 mil? 150 mil pontos?

O dólar continua em queda frente ao real. Como comentei em outros posts passados, a tendência era de baixa e a moeda estrangeira buscaria os 3,20 reais. Dito e feito. Alvo alcançado na semana passada. E agora? Por enquanto não vejo fundamentos para quedas mais acentuadas. Inclusive o Banco Central começou na última sexta-feira a segurar a cotação. Mantenho minha previsão altista para o segundo semestre. Desta forma acho que o patamar atual do dólar é muito interessante para aumentar a exposição à moeda e fazer uma proteção parcial da carteira.

Juros Futuros em queda. O novo presidente do BC foi taxativo e transmitiu confiança ao mercado: trará a inflação para o centro da meta (4,5%) em 2017 / 2018. Desta forma, a Taxa Selic deverá permanecer em 14,25% por mais algum tempo. Ratifico a sugestão de compra para os títulos públicos vinculados à inflação com vencimento mais longínquo (2035). Assim, você manterá um ganho real de 6,0% ao ano, o que é muito bom. Comprar títulos prefixados (12% ao ano) agora é arriscado, pois o “deságio” em relação à taxa spot (Selic) está alto. Para quem comprou estes títulos com taxas de 16% ao ano, o ideal é mantê-los.



Uma mensagem final: para aqueles que querem aprender um pouco mais sobre a bolsa de valores e potencializar os ganhos no mercado recomendo a leitura do meu último livro (abaixo). Simples e direto!

MJR

* As opiniões postadas no blog são apenas posições do autor sobre o tema, e não constituem em si, recomendações de compra ou venda de ativos.



Nenhum comentário:

Postar um comentário