domingo, 23 de outubro de 2016

Atualização mensal – Cenário econômico e seus investimentos:



1 – No dia 19 de outubro, o COPOM decidiu começar o ciclo de queda da taxa básica de juros, a Selic. Uma decisão amplamente esperada pelo mercado. A dúvida era se teríamos um corte de 25 ou 50 pontos-base. Havia argumentos para os dois lados. Os membros decidiram por unanimidade uma redução de 0,25% (25 pontos-base). Eu, particularmente, acredito que foi uma decisão muito correta: melhor começar devagar e acelerar depois, com a melhora do cenário econômico-político.

2 – Novas quedas virão. Isto é fato. O que não sabemos é a velocidade dos cortes e o piso que a Selic chegará em 2017 / 2018. Até agora o mercado precificou uma queda total de cerca de 300 pontos-base, isto é, de 14,25% para 11,25%. Como a inflação está cedendo e o cenário político acalmando, acredito que poderemos ir muito além disso, o que seria muito bom para todos os setores da sociedade.

3 – No comunicado do COPOM, dentre algumas ponderações, ficou claro que a grande preocupação do comitê está no ritmo da aprovação das medidas do ajuste fiscal. Não há como reduzir a taxa básica de juros de maneira duradoura e efetiva, se o Governo Federal não controlar seus gastos. Este é o pilar básico para juros menores!

4 – Na próxima semana teremos a votação do segundo turno da PEC 241 na câmara dos deputados. Tudo leva a crer que governo vencerá com folga novamente. Assim, o projeto seguirá para mais duas votações no senado, e depois para a sanção presidencial. Essa medida é fundamental para a recuperação da economia (releia sobre o assunto no post anterior). Em minha opinião o único fato que poderia reduzir a força do governo Temer é uma suposta delação premiada de Eduardo Cunha, atingindo a cúpula do coverno.

5 – Tesouro Direto: apesar da supervalorização dos títulos prefixados e dos indexados à inflação, ainda vejo oportunidade de ganhos expressivos. Destaco os seguintes títulos: LTN 2023 e NTNB principal 2035.

6 – Bovespa: há um mês escrevi no blog que a bolsa estava sem força para buscar os 62 mil pontos e nem para recuar até os 54 mil. Estávamos em 58 mil. Mas naquele mesmo dia meu feeling indicava que teríamos uma nova pernada de alta sem grandes recuos. Bingo. Chegamos nesta semana em 64 mil pontos (maior patamar em 4 anos). O que fazer agora?  O fluxo de investimento para a bolsa continua ótimo: o indicador técnico OBV continua nas alturas, o que infere mais altas para o IBOV. Contudo, o movimento de curto prazo está muito esticado e uma correção poderá ocorrer a qualquer momento, o que seria muito bem-vindo para aumentar o potencial de alta ainda em 2016. O ideal seria um recuo até os 61 / 62 mil pontos. Mas nada impede que o IBOV continue em alta no curto prazo e busque rapidamente os 68 mil pontos. Um fato é certo: o viés é de alta e continuará assim, salvo algum fato novo muito fora da curva – cisne negro. A minha previsão para a cotação do IBOV no fim de 2016 é entre 65 e 70 mil pontos: alvo importante em 68 / 69 mil pontos. Não acredito em movimentos maiores ainda em 2016. Mas para o ano que vem, o céu é o limite.
Desta forma, não deixe a oportunidade passar. Tanto os títulos públicos como o mercado acionário podem te oferecer ganhos expressivos nos próximos anos. Não perca tempo e invista desde já. Aproveito a oportunidade para relembrar o lançamento do meu último livro: Tesouro Direto na Prática.

MJR

* As opiniões postadas no blog são apenas posições do autor sobre o tema, e não constituem em si, recomendações de compra ou venda de ativos.

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