Acompanhei
durante a madrugada a apuração dos votos da eleição americana. Contrapondo
todas as previsões das pesquisas, o folclórico bilionário venceu, e com certa
tranquilidade, desde o início da contagem dos votos.
A reação das
bolsas mundiais foi imediata ao longo da madrugada. Tóquio despencou mais de 5%
e os futuros americanos atingiram queda de 5%, gerando um circuit breaker (paralisação
das negociações).
Logo após o
discurso da vitória do magnata, num tom mais conciliador, os mercados reagiram
bem, recuperaram as perdas, e o Dow Jones opera em alta de mais de 1,3% no
momento em que escrevo.
Aqui, não
foi diferente. O IBOV abriu em forte queda e reduziu a pressão vendedora ao
longo do dia (queda de 1% às 17 horas; ante 3,5% após a abertura).
O dólar
abriu em forte alta e cedeu parte dos ganhos durante o dia.
No curto
prazo o efeito Trump foi muito fugaz e não devemos ter novidades nos próximos
dias. Já para o longo prazo, a situação é muito incerta. Qual Trump governará
os Estados Unidos, o da campanha, com propostas estapafúrdias, ou aquele do discurso
pós-eleição? Não tenho a resposta, mas em virtude da solidez das instituições
americanas, acredito que ele fará um governo mais previsível, sem solavancos.
Porém, somente o tempo nos confirmará esta premissa.
Desta forma,
para o final de 2016, se o processo de aprovação da PEC não apresentar
surpresas no congresso, a bolsa brasileira deverá subir e o dólar tende a
recuar um pouco ou operar próximo da estabilidade.
Para o IBOV,
pela reação de hoje, não acredito em correções mais agudas, além dos 58 / 60
mil pontos. Meu alvo para 2016 continua em 68 /70 mil pontos. Um potencial de retorno
em 10% (IBOV atualmente em 63 mil). Alguns analistas esperam por uma alta ainda
maior. Será?
Os juros futuros
também devem ceder em breve pela desaceleração inflacionária e pela maior
estabilidade política, o que favorece os títulos públicos prefixados e
indexados à inflação.
MJR
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